segunda-feira, 6 de maio de 2013

Muito Interessante




O “quedirão” e o “queridão”
           
Atualmente são tantas as preocupações impostas ao homem e à mulher contemporânea, que se poderia dizer que a vida se converteu em um constante preocupar-se. Foi-se o tempo em que se podia fazer aquilo que mais lhe apetecesse. Os gostos, as modas e os costumes se globalizaram e se uniformizaram de tal forma, que desde que levantamos até quando nos deitamos, temos quase sempre a companhia do pensamento que se autodenomina “quedirão”. Talvez o mais famoso deles seja o que determina os trajes que usamos em cada uma das circunstâncias que vivemos diariamente.
É sumamente interessante observar a variedade de trajes, especialmente os femininos, em um baile, por exemplo. Há os que revelam o prurido de chamar a atenção dos olhares indiscretos, os que tão-somente se adequam aos moldes estabelecidos, os que procuram disfarçar ou esconder alguma parte do corpo de quem a veste, considerada uma imperfeição pelo Sr. Quedirão, o verdadeiro dono da festa. Vemos que cada qual veste, portanto, um pensamento, com o qual espera ser bem avaliado pelos demais.
Se no dia seguinte, encontramos as mesmas pessoas daquele baile, em um churrasco, um jogo de vôlei, ou no ambiente de trabalho, chegaremos à conclusão de que já não são as mesmas. Como poderiam ser, se os pensamentos que estão vestindo já não tem nada a ver com aqueles que anteriormente trajavam? Existe, porém algo que revela ainda mais os pensamentos que um ser leva em sua mente e esse algo é sua fisionomia. É nela que aparecem, independente da roupa ou da maquiagem, tanto as virtudes quanto os maus pensamentos que cada um tenha na mente em cada momento. A Logosofia, cuja aplicação encontra campo em todas as oportunidades da vida do ser humano, afirma que “A vida é um espelho onde se reflete o que o ser pensa e faz, ou o que os pensamentos próprios ou alheios o levam a fazer.” Aconselhável seria, portanto, que cada um olhasse para esse espelho próprio e se perguntasse se está tão bonito quanto no espelho de seu quarto. 
O quão mais felizes seríamos se, a cada manhã, ao escolhermos as roupas que usaremos no corpo, recordássemos de vestir nossa mente e nosso coração com os mais bonitos trajes, predispondo-nos a sermos agradáveis a todos aqueles com quem convivemos! Bastaria para isso recordar desse pensamento chamado “queridão”, que é o que nos torna pessoas queridas e sempre acompanha as almas mais bonitas e admiráveis. No dia em que trocarmos o “quedirão” pelo “queridão”, a humanidade terá adotado o princípio da moda universal.


Victor Silverio, 
Arquiteto e docente da Fundação Logosófica em Prol da Superação Humana
Um amigo que gentilmente nos cedeu seu artigo para publicação!



Gracias